terça-feira, 27 de agosto de 2019

Dignidade sénior?

Nunca me passou pela cabeça que a procura de uma casa de repouso para o meu avô se tornasse numa subida aos himalaias só com a roupa do corpo.

Não temos serviço social que ajude os idosos deste país em tempo útil ágil para a sua dignidade.

O centro de saúde é que nos facultou alguns lugares onde podemos procurar. Tentamos não precisar de chegar a este ponto mas a vida prega-nos partidas e temos de ceder.

O governo não nos apoia, não apoia os lares de idosos e as casas de repouso servem de hotéis onde temos de juntar 3 ordenados mínimos para as pagar se queremos dar qualidade minima aos nossos familiares.

Enviei 55 emails durante o fim-de-semana, apenas 10 responderam e onde 6 não têm vaga disponível.

Andamos a visitar os 4 que restam e a primeira experiência não foi a melhor.

Só queremos um lugar que nos transmita confiança e amor ao próximo, amor aos idosos, respeito por uma vida e história repleta de sabedoria popular.

Indignação, mood on! :(

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Viver sozinha é uma experiencia muito boa

Tinha 27 quando decidi organizar a minha vida de forma a morar sozinha. 

Sempre vivi, dancei e estudei no mesmo local e quando decidi mudar foi para muito perto. Confesso que na altura muitos conhecidos criticaram-me por sair de forma independente e não com algum gabiru para casar e ter filhos, muitos amigos acharam uma loucura sair do conforto do lar dos papás, uma amiga seguiu os meus passos passados uns meses e ela é a minha melhor amiga que já considero família, muitos familiares opinavam para o bem e para o mal e eu não quis nem saber disso.

Sabem porquê? Porque nunca me perguntaram se eu estava feliz, nunca se interessaram em entender as razões para além do visível e do comodo e eu não pedi opinião sem ser aos meus pais que entenderam e apoiaram-me em tudo.

A vida é simples e cheia de maravilhas quando não pagamos contas, quando o ordenado é nosso por inteiro, quando podemos gastar naquilo que quisermos e onde podemos poupar muito para aquela excentricidade maior que temos. 

Mas é muito mais difícil quando precisamos de um momento para o outro de começar a ter a nossa independência forçada pela vida e foi esse o meu pensamento. Ganhar a minha independência como mulher e ser humano e seria muito mais fácil no momento que ainda tenho os meus pais a servirem de alicerce e a darem-me noções de listas de compras, eletrodomésticos, dicas domésticas, de contratos e faturas de serviços que parecem pergaminhos para nos baralharem ainda mais do que já estamos ao ver os valores que temos de pagar.

Foi uma experiência excecional. Ter o meu canto para me resguardar quando tenho um estado de espirito mais negativo, ter a minha casa, a minha decoração, as minhas cores, a minha desarrumação, a minha estrutura, o meu cheiro. Nunca vi a minha casa como um lugar de isolamento, de solidão, vi como o meu lugar de paz para refletir, acalmar e encontrar-me com o meu Eu. 

A mudança foi cansativa e trabalhosa, imensas coisas que nem fazia ideia que tinha de comprar e das quais precisava. Parti um bocado de parede a tentar fazer um furo com um berbequim, flores não consegui ter pois deixei-as morrer todas, animais de estimação não posso ter devido há alergia ao pelo animal e penas. Queimei tachos, fiquei com o armário do Ikea ao montá-lo virado ao contrario porque não me entendi com as simples instruções, tive a PJ a porta devido a um antigo inquilino que eu substitui, a minha avô que emprestou a minha casa aos primos alentejanos sem o meu conhecimento (ela tem uma cópia da chave) e eu entrei em casa já os meus primos deitados na minha cama a dormir (desalojada na minha própria casa) e o pânico de uma lagartixa que entrou para casa, ai a minha vida! Perdi o medo de aranhas!!!!

As primeiras noites, uiiii tão medricas que eu era de passar uma noite sozinha em casa dos meus pais, custou-me mais do que eu pensaria. 

Durante a primeira semana dormir era algo que não soube bem o significado, fiquei com o sono muito mais leve desde que fui viver sozinha e o vizinho do lado não ajudava com o barulho durante a madrugada. Hoje em dia o sono continua muito leve mas já não ouço o vizinho, tal não é o hábito da sua agitação noturna (!!!!)

E assim se passaram 6 anos, ao fim de 6 anos decidi mudar-me novamente mas desta vez com um gabiru lindo que conquistou o meu coração e a minha alma. 

Lá vamos para mudanças mais uma vez!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

O que é a greve?


Muito se fala de greve nas últimas semanas mas o que é a greve?
Quem pode fazer greve?

A greve consiste numa paragem do exercicio de trabalho colectiva e voluntária por trabalhadores da mesma área de trabalho com objectivos comuns e partilhados. Pode ser vista como uma forma de protestar direitos ou condições laborais.

O direito à greve é incontestável e está presente na Constituição da República Portuguesa no artigo n⁰57 e pode fazer greve qualquer trabalhador quer faça ou não faça parte de um sindicato, desde que exerça funções profissionais na mesma actividade pela qual foi gerada a greve.

Não é legal obrigar ou impedir alguém a fazer greve.

Um trabalhador não é obrigado a avisar a sua entidade patronar que fará parte da greve, essa informação é uma obrigatoriedade somente para quem a organiza, como um sindicato ou uma assembleia de trabalhadores.

Existe pagamento de remuneração?
Não. Não existe pagamento de remuneração pelos dias em que o trabalhador decide fazer greve.

O que é um piquete de greve? É um colaborador que tem a tarefa de persuadir outros colegas a aderirem à greve e fiscalizam a greve.

As actividades que impliquem serviço mínimo de exercício, deverão ter acordo entre as partes para assegurar o serviço e caso não haja é o governo português que decreta a percentagem de serviço a funcionar e a entidade empregadora deverá assegurar o seu cumprimento juntamente com o representante dos trabalhadores.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Viciada em... Vis a Vis...

Terminei a segunda temporada de La Casa de Papel e o que é que eu faço? Vou ver o primeiro episódio da série que os fãs dessa mesma série andam também a ver, Vis a Vis. Resultado… Estou viciada! Há muitos anos que não encontrava séries que me agarrassem ao pequeníssimo ecrã até porque séries nunca foi algo que eu apreciasse muito.

Vis a Vis é uma série espanhola que iniciou em 2015 e em Portugal as 4 temporadas foram transmitidas pela Fox Life. A minha descoberta surgiu via Netflix como série sugerida e agora em 2019, parte boa da questão é não ter de andar à espera das temporadas =P

Conta a história de Macarena Ferreiro, uma jovem ingénua que se apaixona pelo seu chefe casado e que manipulada emocionalmente por ele faz desfalques de dinheiro e imóveis na empresa onde trabalha. Vai a julgamento, com um advogado contratado pelo sacana e ainda nega que teve um caso com ela, é condenada e tem de aprender a lidar com a nova vida que vai ter.


Teletrabalho

Ainda não tinha passado por esta experiência de trabalho, o teletrabalho. Consiste em trabalho num formato remoto num local particular sem...