Coração apertado!

E estamos no segundo dia do avô na casa de repouso, dois dias de nervos.
A neta: acha que foi a melhor decisão para o respeito e a dignidade que ele merece.
A filha: acha que traiu o pai mas sente um alivio de meses e meses fechados numa casa.

Já não existiam rotinas, os sonos estavam trocados, o mimo era demasiado, a dependência era cada vez maior e estávamos a espera que o estado nos ajudasse com o centro de fisioterapia mas a lista de espera estava em anos. Por sorte, fizemos contas à vidinha e podemos tomar a decisão de não esperar. Não esperamos!

É um peso no coração, sempre vivemos na alçada uns dos outros, somos unidos e alguém que valoriza muito a família.

É uma incógnita e ouvimos coisas tão ruins que temos que tentar filtrar sempre com o pé atrás.

Aiiii, coração apertado.

Se já é assim com um avô nem imagino quando tiver um filho e tiver de o deixar na escola.